(Fonte: Com base na cartilha para condomínios: Mete a colher)

 

Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher:

Apesar de este ditado estar presente no imaginário popular, e do fato de a violência doméstica contras as mulheres ocorrer no ambiente privado, o problema merece atenção. Devemos, diariamente, combater qualquer tipo de violência contras as mulheres.  Em briga de marido e mulher, metemos a colher, sim!

 

Apenas mulheres de baixa renda sofrem violência doméstica e familiar:

Qualquer mulher está passível de sofrer violência doméstica e familiar, visto que este problema independe de classe social, raça, etnia, faixa etária, região, escolaridade e nacionalidade. No entanto, a violência doméstica incide de formas diferentes entre as mulheres. Por exemplo: as mulheres negras sofrem mais do que as mulheres brancas, mas as mulheres rurais têm mais dificuldades de acesso aos serviços públicos de enfrentamento à violência doméstica, entre outras situações. Vale reforçar que uma violência perpetrada numa mulher não deslegitima a da outra. 

 

Os homens agressivos são “monstros”, têm problemas mentais ou são alcoólatras:

Muitos homens agridem as companheiras e justificam o ato em razão de problemas de saúde mental ou alcoolismo. Esse tipo de alegação nem sempre é verdadeira, embora existam casos em que a violência doméstica e familiar está associada a problemas psíquicos ou se agrava com o consumo em excesso de bebidas alcoólicas. É muito comum ouvir frases como “um monstro assassinou a companheira”, no entanto monstros não existem. O que existe, no caso, é um homem que foi agressivo ou assassinou a companheira.

 

Mulher que fica em relacionamento abusivo “gosta de apanhar”:

Nenhuma mulher gosta de apanhar ou sofrer.

Dependência financeira, o conforto do lar para os filhos, a vergonha de desmanchar a família ou o medo de que algo pior aconteça depois do rompimento da relação são alguns dos fatores que fazem as mulheres permanecerem ou reatarem o relacionamento com o homem agressor. As mulheres ficam na relação para preservar seu relacionamento e não as agressões. Sendo assim, ao invés de julgar, devemos ter empatia e oferecer apoio, sempre.

 

Quando a mulher é boa, ela muda um homem:

Muitas mulheres acreditam ser capazes de mudar o comportamento agressivo do seu companheiro, seja por acreditar que esta é a sua função. Ou seja, porque busca formas de sanar a violência dentro de casa. Contudo, ninguém muda ninguém. Pode ser que com ajuda psicológica e em tratamentos terapêuticos o homem agressivo passe a mudar o seu comportamento, no entanto, o Ciclo do Relacionamento Abusivo mostra que o homem pode mudar por algum período, mas depois volta a ser agressivo.

 

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